quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Dia Internacional de Atenção à Gagueira

GAGUEIRA TEM novo TRATAMENTO

A campanha 2007 "Gagueira não tem graça. Tem tratamento" acontece até o dia 28 de outubro em todo o país. O objetivo é aumentar a compreensão sobre esse sério distúrbio de fala, diminuir as piadas e acabar com o preconceito que humilha as pessoas que gaguejam e seus familiares. A ação é promovida pelo CEFAC - Pós-Graduação em Saúde e Educação, IBF - Instituto Brasileiro de Fluência e HSPE - Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

O dia 22 de outubro é o Dia Internacional de Atenção à Gagueira e, em vários países, fonoaudiólogos oferecem informações sobre a gagueira e gagos famosos dão depoimentos que ajudam a melhorar o nível de informação sobre os tratamentos disponíveis. Julia Roberts e Bruce Willis já participaram da campanha contando suas experiências pessoais. Ao longo da história, a gagueira perseguiu homens brilhantes: Demóstenes, Aristóteles, Isaac Newton, Charles Darwin e Churchill, entre outros.

O evento na cidade de São Paulo será no dia 27/10. A programação inclui palestras com especialistas, debates com a platéia, apresentação de novos tratamentos e fórum de discussão sobre o tema. A fonoaudióloga Eliana Maria Nigro Rocha e seus colaboradores lançarão o livro: "Gagueira: um Distúrbio de Fluência" (Ed. Santos, 2007).

A GAGUEIRA

É um distúrbio na fluência da fala e se caracteriza por interrupções atípicas e involuntárias no fluxo de fala tais como repetições, hesitações, bloqueios, prolongamentos, tensões corporais e/ou orofaciais.

Trata-se de um distúrbio universal, percebido em todas as partes do planeta independentemente da raça, cultura, credo ou situação socioeconômica. A gagueira incide temporariamente em 4% da população e prevalece em 1% da população mundial, numa proporção de quatro pessoas do sexo masculino para uma do sexo feminino.

Na maioria dos casos ela surge entre os dois e quatro anos de idade e seu desenvolvimento é gradual, mas em um terço das crianças, ela começa "do nada". Tende a ocorrer em famílias onde há membros que gaguejam ou que gaguejaram numa proporção três vezes maior do que em crianças sem histórico familiar.

Estudos específicos apontam para evidências de transmissão genética. Porém, o fator genético não pode ser considerado como única causa. Atualmente a gagueira é entendida como um distúrbio multicausal, onde os profissionais observam um conjunto de fatores que podem provocá-la, tais como: os aspectos motores da fala, emocionais, afetivos, cognitivos e lingüísticos, entre outros.

Muitas das crianças que gaguejam poderão ter uma cura total desse quadro, mas ainda não há como prever quais são as crianças que se encontram nesse grupo. E é exatamente por isso que é fundamental que se comece o tratamento o mais cedo possível. Quanto mais rápida for a intervenção terapêutica, melhores serão os resultados. Pesquisas demonstram que o tempo médio que as pessoas esperam para procurar atendimento especializado é de seis meses após o surgimento dos sintomas primários (repetições, bloqueios, prolongamentos, etc.). Este tempo não deveria, contudo, ultrapassar o período de um ano.

O profissional a ser procurado para uma avaliação e diagnóstico diferencial é o fonoaudiólogo especializado no atendimento dos distúrbios da fluência, que tenha conhecimentos científicos e práticos sobre a gagueira.
Vários trabalhos apresentados mostram remissão total da gagueira em crianças e em adolescentes. Mesmo em adultos que já têm a gagueira instalada, quando em tratamento fonoaudiológico adequado, apresentam melhoras significativas, otimizando suas relações de comunicação como um todo, minimizando significativamente o distúrbio e o sofrimento moral e interno desse problema.

Além da gagueira, também conhecida como gagueira do desenvolvimento, a fonoaudiologia reconhece outros quadros considerados como distúrbios da fluência: a taquilalia, a taquifemia, a gagueira neurogênica e a gagueira psicogênica. Um fonoaudiólogo especializado no tema tem competência para avaliar, fazer o diagnóstico diferencial, traçar um planejamento adequado e ajudar o paciente a eliminar a gagueira ou a falar de maneira mais suave e natural, sem tanta dificuldade, minimizando assim, os efeitos da gagueira instalada.


PROGRAMAÇÃO DO DIA 27 NA CIDADE DE SÃO PAULO

9hs - abertura

9h15 - Gagueira infantil, mitos e realidade: o que é, por que surge e como enfrentá-la? - psicóloga Dra. Lucia Maria G. Barbosa

10hs - Debate com a platéia

10h15 - Gagueira infantil: orientações aos pais e à escola - fonoaudióloga Prof. Verena Maiorino Degiovani

11hs - Debate com a platéia

11h15 - Coffee-break

12hs - Aspectos jurídicos sobre a gagueira - advogado Dr. José Roberto Guedes de Oliveira

12h45 - Debate com a platéia

13hs - Novos tratamentos: Speech Easy - equipe do Centro Auditivo Microsom

13hs30 - Debate com a platéia

13h45 - Fórum de discussões

14h30 - Lançamento do livro: "Gagueira: um Distúrbio de Fluência", organizado pela fonoaudióloga Eliana Maria Nigro Rocha (Ed. Santos, 2007).

Local do evento:
Hospital do Servidor Público Estadual - HSPE
Avenida Ibirapuera, 981 - 6º andar - Anfiteatro 616 - São Paulo - SP
Estacionamento no local para inscrições efetuadas até 24 de outubro.

Vagas limitadas
Entrada franca, mediante inscrição prévia:
(11)7449-5051 com Diva ou gagueira@gagueira.org.br
Os certificados serão entregues no dia do evento para inscrições efetuadas até 22 de outubro. Para inscrições efetuadas posteriormente, os certificados poderão ser retirados no próprio HSPE a partir de 05 de novembro.

Realização:
CEFAC - Pós-Graduação em Saúde e Educação : www.cefac.br
HSPE - Hospital do Servidor Público Estadual: http://www.iamspesaude.com.br
IBF - Instituto Brasileiro de Fluência: www.gagueira.org.br

Comissão Organizadora Nacional:
Ignês Maia Ribeiro - ignes@uol.com.br
Eliana Maria Nigro Rocha - eliananigrorocha@uol.com.br
Sandra Merlo - sgmerlo@yahoo.com.br


Caso precise de qualquer outra informação, estou à disposição.

Obrigada,
Thaís Fiocchi
Puente - Agência de Comunicação

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