quarta-feira, 13 de junho de 2007

Sindicalismo símio...

Entenda porque o ambiente de trabalho e a relação líder-subordinado

são temas de maior relevância que o próprio salário.

MACACOS E MOTIVAÇÃO PROFISSIONAL

Um ambiente com os estímulos corretos pode levar à motivação

desejada e o sucesso, tanto da organização quanto de seus funcionários.

Com o behaviorismo, John Watson concluiu que o comportamento humano era, sob muitos aspectos, semelhante ao comportamento animal. Assim, o ser humano, que é 98,6% semelhante ao chimpanzé, pode reagir a associações entre estímulo e resposta da mesma maneira. Justamente fatores como uma boa interação entre líder e subordinado, um ambiente de trabalho acolhedor, metas bem dirigidas e um um feedback satisfatório podem levar tanto ao sucesso da organização como do próprio indivíduo.

Sugerimos entrevista com Luis Fernando Garcia, consultor especialista em manejo comportamental e empreendedorismo em negócios, justamente para conhecer as maneiras que um líder pode motivar, incentivar e alavancar vendas manejando adequadamente o comportamento de sua equipe.

ARTIGO:

Entenda porque o ambiente de trabalho e a relação líder-subordinado

são temas de maior relevância que o próprio salário.

MACACOS E MOTIVAÇÃO PROFISSIONAL

Um ambiente com os estímulos corretos pode levar à motivação

desejada perante a corporação e seus funcionários

O Behaviorismo, estudo do comportamento humano perante estímulos e o meio ainda pode servir de base para estudos do homem contemporâneo. Assim como a teoria do condicionamento clássico constata sob muitos aspectos semelhanças entre o comportamento humano e animal, Luiz Fernando Garcia, consultor especialista em manejo comportamental e empreendedorismo em negócios, acredita que a ação estímulo-resposta estudada em animais pode ser desenvolvida para o ser humano. O ser humano 98,6% semelhante ao chimpanzé, pode reagir da mesma maneira.

Segundo Garcia é possível prever respostas humanas num ambiente de negócios. "Um ambiente com os estímulos corretos pode levar à motivação desejada perante a corporação e seus funcionários", afirma.

Contrário a falsas afirmações que consideram a motivação uma característica pessoal ou sua falta, sinônimo de preguiça, o consultor acredita que motivação é resultado da interação entre o indivíduo e a situação, como um processo de satisfação de necessidades que significam algum estado interno do indivíduo que faz certos resultados parecerem atraentes.

Foi o psicólogo Frederick Herzberg que investigou a questão "o que as pessoas querem de seus trabalhos". Por meio de uma pesquisa tabulada e categorizada, ele pediu que descrevessem, em detalhes, situações nas quais se sentiram excepcionalmente bem ou mal em relação aos seus trabalhos. Seu resultado contou com 1844 eventos no trabalho concluídos como temas de extrema insatisfação. São eles, em ordem de classificação: Política e a Administração de Empresas, Supervisão, Relacionamento com o Supervisor, Condições de Trabalho. Apenas em quinto lugar aparece o Salário como uma condição de desmotivação, seguido pelo Relacionamento com Colegas, Vida Pessoal e Relacionamento com Subordinados. O Status aparece apenas em nono lugar e na décima posição a questão Segurança.

Do outro lado da questão, dentre os 1753 eventos de extrema satisfação, foram pontuados: Realização, Reconhecimento, Trabalho e a Responsabilidade. Em quinto lugar destacou-se o Progresso e finalizando, na sexta posição, o Crescimento Profissional.

Na verdade, uma empresa desorganizada mina a motivação de um funcionário. Garcia acredita que a aspereza e a dificuldade em estabelecer vínculos e ter carinho no trato com seus funcionários de um líder e seu subordinado pode ser o problema, pois os seres humanos são como os animais e precisam de vínculos. "Do mesmo modo que o homem mantém vínculo com seu cachorro para que o animal o respeite, o supervisor precisa manter vínculos com sua equipe para ser respeitado", comenta.

O homem - um ser muito semelhante ao macaco, precisa de um ambiente corporativo que o motive muito mais do que o salário. O refeitório, o uniforme, a carteirinha de identificação, os horários, as pessoas com quem trabalha e o conjunto desses fatores são de extrema importância para a motivação. Uma empresa que não favorece o vínculo entre seus funcionários com incentivos, ou não se preocupa com a vida do indivíduo e sua família, perde grau motivacional.

A realização profissional é outro aspecto relevante, pois implica na percepção do empregado perante a importância do seu trabalho para a organização como meio de sentir-se valorizado. Se a empresa não mostra o que produz, não mostra sua posição no mercado, conclui-se que não há uma capacidade de atender à realização dos indivíduos, pois os profissionais não vêem o resultado final daquilo que fazem.

Assim como Edwin Locke, psicólogo responsável pela teoria de determinação de metas, Luís Fernando Garcia acredita que as intenções de trabalhar em direção a uma meta são as principais fontes de motivação de trabalho. Isso porque, "" "dizem" ao empregado o que é preciso fazer e quanto esforço vai precisar dispor", comenta.

Dessa maneira, é possível dizer que além de metas específicas melhorarem o desempenho, metas difíceis, quando aceitas, resultam num melhor resultado do que metas fáceis. Além disso, o feedback leva ao melhor já que age para guiar o comportamento do indivíduo e contribui para o crescimento de uma organização, principalmente após ter cumprido metas, seja elas acordadas ou estabelecidas. "Muitas vezes, dirigentes têm medo de fazer o reconhecimento, ou seja, dar o feedback, para não perder poder, quando, na verdade, o que se pode perder, certamente, é força motivacional", conclui o consultor.

Luiz Fernando Garcia – é consultor especialista em manejo comportamental e empreendedorismo em negócios. É metodologista, empresário, palestrante e autor dos livros "Pessoas de Resultado" e "Gente que faz", da Editora Gente.

Desenvolveu mais de 50 metodologias de foco comportamental, acumulando cerca de 17 mil horas de aplicação nessa modalidade. Uma delas destinada à formação e capacitação de empresários e profissionais que trabalham com negócios, conhecida como GD – Grupo Dirigido de Psicodinâmica em Negócios.

É um dos quatro consultores certificados pelo ONU (Organização das Nações Unidas) para coordenar os seminários e capacitar os coordenadores, facilitadores e trainees do EMPRETEC/SEBRAE.

Coordenou a equipe responsável pelo desenvolvimento do T.O.T (Training of Trainers) da metodologia EMPRETEC no Brasil, América Latina e África (ano 2002 / 2003).

Conteudista e responsável técnico pelo projeto de Educação Empreendedora no Ensino Médio-Técnico MEC(Ministério da Educação e Cultura)/SEBRAE – 2000, qualificando mais de 12.000 educadores no Brasil, além da certificação Notório Saber em comportamento empreendedor (MEC).

É pioneiro no Brasil, na abordagem de Orientação para Resultados e equipes e empresas e pelo desenvolvimento da metodologia de Manejo Comportamental como no Projeto APL – Arranjos Produtivos Locais para a Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

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