quarta-feira, 23 de abril de 2008

Tremendo release

Terremoto? Pilotos da Stock Car não sentiram nada

Empregada de Giuliano Losacco diz que mesa da cozinha “vibrou”


SÃO PAULO – Acostumados a fazer tremer o asfalto dos autódromos do País, pilotos da Stock Car dizem que não sentiram qualquer efeito do segundo maior terremoto já verificado no Brasil. O abalo, que alcançou 5,2 graus na escala Richter, foi registrado pelos sismógrafos às 21 horas e 48 segundos desta terça-feira. Teve magnitude suficiente para provocar grande susto em quatro estados – São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro. O epicentro foi em alto-mar, a 215 quilômetros de São Vicente e a uma profundidade aproximada de 10 quilômetros.

Líder do campeonato, Marcos Gomes estava no computador de seu apartamento, localizado no 11º andar da Rua Peixoto Gomide, no bairro paulistano dos Jardins. Segundo ele, nada se mexeu em sua residência. “Só fiquei sabendo do ocorrido porque minha mãe ouviu a notícia na televisão e me ligou da fazenda em Goiás, perguntando se eu havia sentido o tremor. Achei até que ela estava brincando”, comentou o vencedor da prova de abertura da Stock Car em Interlagos.

Ricardo Maurício estava no meio de uma reunião do Porsche Club, no 5º andar de um prédio da Avenida Faria Lima, no momento do fenômeno. Apesar de a maioria dos relatos sobre as conseqüências do sismo terem partido de moradores de edifícios, Maurício também não notou qualquer anormalidade. “Ninguém percebeu nada. Em seguida, fui para o apartamento do Giuliano Losacco e lá é que fiquei sabendo do terremoto. A empregada dele disse que viu a mesa da cozinha vibrar.”

Guto Negrão mora em Campinas e também nada percebeu. “Eu estava em casa e nem meus cães latiram ou manifestaram qualquer comportamento diferente. No terremoto que provocou o grande tsunami no sudeste asiático em 2004, os animais anteciparam o perigo. Soube do que estava acontecendo porque minha filha Renata me chamou de São Paulo para ver se estava tudo bem. Só que o apartamento dela é em Cerqueira César, próximo da Av. Paulista, e ela também não viu nada de anormal. E, pelo que dizem, aquela região foi uma que mais teria sentido os reflexos do terremoto.”

Como se espalhou num raio estimado entre 300 e 400 quilômetros a partir do epicentro, nem todas as cidades do Paraná estiveram na rota do terremoto. Valdeno Brito, outro piloto da Equipe Medley, mora em Londrina, no norte do estado, onde as ondas de choque não foram observadas. “Por aqui, estava tudo normal. Eu estava chegando em casa naquela hora. Só hoje é que soube dessa história. Ainda bem que não aconteceu nada de sério em lugar algum”, lembrou.

Márcio Fonseca (MTb 14.457)

Nenhum comentário: